A Clínica de Hemodiálise Renal Class é dirigida pelos doutores Carmen Tzanno e Elzo Ribeiro Jr., nefrologistas com grande experiência em clínicas de hemodiálise e nas áreas de nefrogeriatria e nefropediatria. A Renal Class é um novo conceito em atendimento, que une a localização estratégica de um bairro nobre da capital, com todos os serviços de um prédio especialmente construído para consultórios médicos.

Renal Class - R. Mato Grosso, 306 - 3º andar, salas 301 a 310 - Higienópolis - São Paulo - SP - (11) 3123.3900

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Entrevista com a Dra. Carmem Tzanno na Istoé Independente

Dia 10 de Dezembro a Revista Istoé Independente publicou uma matéria sobre médicos e estudantes de medicina que inspiraram-se no personagem principal do seriado "House"- um infectologista mestre na arte do diagnóstico - para aprimorar seus próprios meios de descobrir e tratar doenças.

Dra. Carmen Tzanno foi entrevistada pela reportagem.

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“Se não tivesse assistido ao seriado, demoraria mais tempo
para chegar ao diagnóstico certo da enfermidade”
Carmen Tzanno Branco Martins, nefrologista

AULA

A paciente entra no consultório relatando uma série de sintomas. Um deles, um tanto quanto atípico: urina de cor carmim – acompanhada de fadiga muscular, perda de consciência e dores abdominais. Ao se deparar com o quadro, a médica responsável pelo atendimento, a nefrologista Carmen Tzanno Branco Martins, de São Paulo, lembra-se de um episódio do seriado “House” a que havia assistido na mesma semana. Na série, o médico Gregory House – um gênio na arte do diagnóstico – é encarregado de decifrar os casos mais enigmáticos que surgem no hospital onde trabalha. No capítulo que Carmen assistira, uma mulher fora internada com sintomas semelhantes aos de sua paciente. O diagnóstico dado por House foi porfiria aguda intermitente, uma doença rara que tem como principal sintoma a alteração da cor da urina. Suspeitando que pudesse estar diante da mesma enfermidade que a equipe do doutor House, Carmen pede os exames para porfiria. Quando chegam os resultados, comprova: é mesmo a doença. “O outro médico que acompanhava essa paciente me deu os parabéns pelo diagnóstico e disse que ele não havia pensado nisso”, conta. “Se eu não tivesse assistido ao episódio do seriado, provavelmente demoraria muito mais tempo para chegar à enfermidade porque não é algo comum de vermos.”

CRÍTICA
Sentar-se na frente da tevê para assistir ao médico e seu time discutirem casos misteriosos da medicina tornou-se mania entre médicos e estudantes de medicina. Para grande parte deles, ver “House” é uma oportunidade para exercitar o raciocínio e conhecer doenças raras. “Acompanho os casos e fico tentando resolver também”, conta Carmen. Nas universidades de medicina, é difícil encontrar quem nunca tenha assistido a pelo menos um capítulo. “Na minha turma todo mundo vê”, conta Carolina Batista, 22 anos, estudante do sexto ano do curso de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. “Quando os professores vão apresentar uma doença menos frequente geralmente eles falam que é a mesma do episódio de ‘House’”, diz a estudante. Ela e seu namorado, Heleno Paiva, 24 anos, têm ainda os livros que analisam a ciência médica exposta na série.


Em São Paulo, o estudante Caio Frasão, 23 anos, aluno do sexto ano de medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), também já conheceu novas moléstias assistindo ao seriado. “Era um caso de nesidioblastose, um tumor no pâncreas sobre o qual nunca tinha ouvido falar”, lembra. Seus colegas de turma também são fãs do seriado.

Há algumas razões para a série mais vista da televisão por assinatura brasileira nos últimos três anos ter virado um sucesso entre os profissionais de saúde. A primeira é que os temas abordados têm o respaldo de consultores da área médica, que acompanham a produção de cada episódio. Isso quer dizer que “House” é ficção, porém baseada em informações reais e atualizadas sobre medicina. Além disso, o médico apresenta uma fantástica capacidade de observação do paciente e dos sinais que manifesta a respeito de sua doença, sem contar a astúcia para ligar os sintomas e chegar ao diagnóstico correto, por mais difícil que ele fosse inicialmente.


Por causa dessa característica em especial, “House” acabou virando um exemplo a ser seguido, uma espécie de professor de diagnóstico em uma era em que esta arte anda meio esquecida. O chamado “olho clínico” – a capacidade do médico de observar os sinais e conectá-los a doenças – ficou em segundo plano desde que outros recursos foram criados, como os exames de imagem. “Muita gente começou a ter mais admiração pelas máquinas do que pelos sintomas dos pacientes”, considera Paulo Olzon, professor de clínica médica da Unifesp. Olzon é nefrologista e infectologista – as mesmas especialidades do médico da ficção.

TÁTICA
E, para chegar ao diagnóstico, há ainda o inegável encanto exercido pelos raciocínios intrincados do personagem. Inspirado em outro famoso personagem, o detetive britânico Sherlock Holmes, House usa estratégias de pensamento próprias de investigadores policiais. Isso, na opinião dos profissionais de saúde, chama a atenção para o lado detetive que deve existir em todo médico – que precisa ser capaz de raciocinar em torno dos sintomas e levantar informações da vida do paciente que não estão evidentes. “O médico também é um investigador. Você tem as provas do crime, que são os sintomas e, reunindo-as, soluciona o enigma”, compara o infectologista Alexandre Naime Barbosa, professor-assistente da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista, campus de Botucatu, interior de São Paulo. Nas aulas que ministra na universidade, Barbosa passa trechos do seriado a seus alunos. “Serve para mostrar a eles a importância de ter um raciocínio crítico diante do caso descrito pelo paciente”, fala.

No seriado, tudo é usado como indício pelo médico. Até o cheiro do doente. E, por mais que House tenha a sua disposição os mais modernos exames de imagem, eles só são realizados após sua equipe se reunir para traçar hipóteses (as prováveis doenças que a pessoa pode ter). “Esse é o procedimento correto”, avalia o médico Olzon, da Unifesp. “Fazer milhares de exames sem primeiro montar uma hipótese é a mesma coisa que, em um crime, achar que todo mundo é culpado.”

Os estudantes de medicina Túlio Mariante, 22 anos, Alexandre de Figueiredo Maciel e Vinícius Leduc, ambos com 23 anos, tiveram a chance de acompanhar de perto, durante uma aula, o desenvolvimento de um raciocínio à la House. O trio, que está no terceiro ano da Faculdade de Ciências Médicas, em Belo Horizonte, deparou-se com uma garotinha que foi internada com problemas cardiorrespiratórios. “O raio X mostrava uma mancha sobre o pulmão que parecia pneumonia”, lembra Leduc. “Mas, quando auscultávamos o tórax dela, estava normal”, lembra.

Quem resolveu a equação aparentemente sem solução foi a professora: a garota havia sofrido uma grande dilatação da artéria aorta. Essa deformidade, ao mesmo tempo que causava os sintomas narrados pela menina, atrapalhava a passagem da radiação durante o exame, afetando a imagem final – e simulando a mancha de uma pneumonia. O exemplo real confirmou ao grupo aquilo que eles veem sempre no seriado: o bom médico precisa desconfiar do óbvio. “Quando assisto à série tenho mais vontade de conhecer melhor as doenças e ser um médico tão bom quanto o doutor House”, sonha Mariante.
Na verdade, os discípulos de House só não querem adotar a personalidade do médico. Muitas vezes ele é antiético – se precisar, falsifica exames para garantir a realização de procedimentos, por exemplo. É arrogante e destrata não só os próprios colegas como também os pacientes. E, nisso, ninguém quer ser igual.

Assista aqui à entrevista da Dra. Carmen Tzanno.

A matéria "Os discípulos de House" pode ser conferida na íntegra no site da Istoé Independente.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Transplante de Rim

Os rins filtram o sangue e eliminam substâncias nocivas ao organismo, como a amônia, a ureia e o ácido úrico. Além disso, os órgãos são responsáveis pela secreção de substâncias importantes para a saúde.

O processo chamado de insuficiência renal acontece quando as inúmeras unidades renais ficam comprometidas. A doença pode se tornar crônica e, ao atingir determinados limites, exige tratamento que pode ser encontrado na diálise ou no transplante de rim.
A Dra. Carmen Tzanno explica que a grande maioria dos doentes renais precisa ou irá precisar de um novo rim. Hoje o Brasil possui cerca de 77.000 pacientes renais crônicos, 36.000 deles na lista de espera para a doação. No país, por lei, todos os pacientes com problemas renais crônicos devem ser inscritos na lista única de espera do sistema público de saúde.

Para um transplante acontecer, é necessário que exista um doador, que pode ser uma pessoa viva, ou um cadáver. A primeira exigência é tanto doador quanto receptor pertençam ao mesmo grupo sanguíneo (A, B, AB, O).

A pessoa viva pode ser um parente, um irmão ou o pai e o cadáver é uma pessoa que tenha sofrido morte cerebral e que seja compatível. De acordo com a legislação brasileira, a morte do cérebro é sinal definitivo de que não há mais vida, mesmo que o coração ainda esteja batendo à custa de aparelhos. Além disso, a família do cadáver deve autorizar a doação.

No transplante renal, o paciente recebe um rim novo, uma artéria para nutri-lo, uma veia que sirva de escape para o sangue venoso e um ureter para excretar a urina. O novo rim é implantado bem pertinho da bexiga, na parte baixa da pélvis, longe dos rins originais, e estes só precisam ser retirados se a doença causou muitas infecções ou a formação de muitas pedras.

As cirurgias de transplante de rim com doador vivo e receptor acontecem concomitantemente. Já no caso de transplante de órgão de uma pessoa com morte cerebral, o órgão é retirado do doador e fica em uma geladeira até 24 horas para ser implantado em um receptor. A espera depende da fila de transplantes, por isso é muito importante que as pessoas aceitem a doação de órgãos, e deixem suas famílias avisadas do desejo, para que a autorização seja iminente.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Atividade física e consumo de água


A prática de atividade física aumenta a temperatura do corpo. O corpo produz o suor para dissipar o calor e manter a temperatura corporal.

É necessário ingerir mais água em climas quentes ou úmidos para ajudar a diminuir a temperatura corporal e a perda pelo suor. O ar aquecido em ambientes fechados pode ocasionar perda de água pela pele, aumentando a necessidade de água.

A evaporação de 1g de suor remove 0,6 kcal, dessa maneira, o excesso de calor pode ser evaporado na forma de suor. A necessidade de água para repor as perdas com a transpiração e com a respiração aumenta. Durante atividades físicas, reponha os fluidos em intervalos regulares, e continue a beber água após seu término. Antes de exercícios de curta duração, um a dois copos de água são suficientes. Recomenda-se beber dois copos de água duas horas antes de um evento de resistência física como maratona.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Alimentos e hidratação

Frutas contêm cerca de 80% a 90% de água na sua composição

Todos os alimentos, independente de estarem na forma líquida ou sólida, possuem água na sua composição e contribuem, de alguma maneira, na oferta de água ao organismo.

A preferência deve ser dada aos alimentos crus, pois no cozimento perde-se parte da água.

Frutas, verduras e legumes contêm cerca de 80% a 90% de água na sua composição, e, em sua maioria têm poucas calorias e muitas fibras e vitaminas. Chuchu, alface, pepino, folhas verdes, abobrinha, abobora, cogumelos, estão entre os vegetais que têm a maior concentração de água. Dentre as frutas, escolha pêra, morango, mamão, melancia e melão.

Os queijos brancos e moles têm maior concentração de água que os queijos envelhecidos, amarelos e mais duros e o leite têm 85% de água. A margarina tem muita água na sua composição, por essa razão, quando é usada para untar formas no lugar da manteiga, evapora durante o aquecimento e a preparação gruda na fôrma.

Considera-se, em termos gerais, que aproximadamente 1 litro de água é obtido pela alimentação, em geral, e um litro e meio de água deve ser fornecido ao organismo na forma de água, sucos, chás, caldos, sopas etc. Qualquer tipo de líquido tem o mesmo peso no quesito hidratação, independente da fonte que o origina.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Férias e diálise


Em posts anteriores apresentamos dicas de alguns destinos de férias na Europa para pacientes renais que desejam viajar e precisam continuar o tratamento de diálise. Mas, além da Europa existem outros países que oferecem o mesmo serviço. Por exemplo, em Miami, nos Estados Unidos, existe um spa voltado para pacientes renais, e na África do Sul um safári percorre as savanas com paradas estratégicas em clínicas de diálise.

Veja abaixo mais informações sobre estes e outros destinos.

Kidney SPA em Miami
Base: Miami, EUA
Site: http://www.kidneyspa.com/
O objetivo do Kidney Spa é transformar os aspectos negativos associados à diálise em uma experiência positiva, combinando o tratamento médico a um ambiente harmonioso e agradável. Além do médico nefrologista e enfermeiros especializados, o local tem a presença de um “care coach”, um profissional qualificado que ensina ao paciente como se ocupar e transformar o tempo em que está em tratamento em algo prazeroso.


Traveling Dialysis RV Association
base: Alberta, Canadá
site: www.travelingdialysisrvassociation.com
Esta associação canadense oferece trailers equipados para atender a todas as necessidades do paciente renal. Cada veículo possui equipamento de diálise móvel e de purificação de água. Os trailers são alugados para quem pretende viajar pelo oeste do Canadá.

Endeavour Safaris
base: Cape Town, África do Sul
site: www.endeavour-safaris.com/safaris/kidney-dialysis.htm
Esta empresa organiza Safáris na África do Sul de acordo com as necessidades de cada paciente. As sessões de diálise são realizadas em clínicas especializadas nos intervalos dos passeios pela savana.

St Lucia Diálise
base: Castries, St. Lucia
site: www.stlucia-dialysis.com
Esta clínica oferece férias no Caribe sem interromper o tratamento de diálise. A clínica disponibiliza diferentes tipos de hospedagem, localizadas perto das melhores praias de Santa Lucia.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Faz mal beber água em excesso?


Os rins são os órgãos responsáveis pela filtragem do sangue no organismo. Eles eliminam as toxinas, produzem e secretam hormônios e controlam o volume de líquidos e sais, eliminando, assim, os excessos e conservando o necessário para o bom funcionamento do nosso corpo.
A ingestão de quantidades excessivas de água normalmente não causa hiper-hidratação quando a hipófise, os rins e o coração estão funcionando normalmente. Um indivíduo adulto teria que beber mais de 7,5 litros de água por dia para exceder a capacidade de excreção de água do organismo.

Beber água a mais do que seu organismo necessita não traz benefício nem prejudica a função renal.

Se você é portador de insuficiência cardíaca, insuficiência renal, endocrinopatias ou hipoalbuminemia, deve ingerir água de acordo a recomendação médica, pois nestes casos, a ingestão em excesso de líquidos pode causar complicações graves.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Navegar é possível - Férias no mar e diálise

Férias no mar e diálise

Passar alguns dias em um navio aproveitando as férias, sem precisar se preocupar em como continuar o tratamento de diálise não é impossível. A companhia de cruzeiros marítimos, Costa Cruzeiros, oferece uma boa opção turística para pacientes em diálise, diálise peritoneal ou que se submeteram a transplante de rim.

A companhia organiza cruzeiros marítimos para pacientes renais para diversos locais, entre eles Ilhas Canárias, Islândia e Noruega. Os navios que fazem estes cruzeiros especiais são equipados com um centro de diálise. A empresa também oferece acompanhamento médico e enfermeiros qualificados para atender a qualquer necessidade do passageiro.

Para saber mais sobre estes cruzeiros especiais para pacientes renais, acesse o site www.dialysiswhilecruising.com

Férias e diálise

Em posts anteriores apresentamos dicas de alguns destinos de férias na Europa para pacientes renais que desejam viajar e precisam continuar o tratamento de diálise. Mas, além da Europa existem outros países que oferecem o mesmo serviço. Por exemplo, em Miami, nos Estados Unidos, existe um spa voltado para pacientes renais, e na África do Sul um safári percorre as savanas com paradas estratégicas em clínicas de diálise.


Veja abaixo mais informações sobre estes e outros destinos.

Kidney SPA em Miami Base: Miami, EUA
site: http://www.kidneyspa.com/
O objetivo do Kidney Spa é transformar os aspectos negativos associados à diálise em uma experiência positiva, combinando o tratamento médico a um ambiente harmonioso e agradável. Além do médico nefrologista e enfermeiros especializados, o local tem a presença de um “care coach”, um profissional qualificado que ensina ao paciente como se ocupar e transformar o tempo em que está em tratamento em algo prazeroso.

Traveling Dialysis RV Association Base: Alberta, Canadá
site: www.travelingdialysisrvassociation.com
Esta associação canadense oferece trailers equipados para atender a todas as necessidades do paciente renal. Cada veículo possui equipamento de diálise móvel e de purificação de água. Os trailers são alugados para quem pretende viajar pelo oeste do Canadá.

Endeavour Safaris Base: Cape Town, África do Sul
site: www.endeavour-safaris.com/safaris/kidney-dialysis.htm
Esta empresa organiza Safáris na África do Sul de acordo com as necessidades de cada paciente. As sessões de diálise são realizadas em clínicas especializadas nos intervalos dos passeios pela savana.

St Lucia Diálise Base: Castries, St. Lucia
site: www.stlucia-dialysis.com
Esta clínica oferece férias no Caribe sem interromper o tratamento de diálise. A clínica disponibiliza diferentes tipos de hospedagem, localizadas perto das melhores praias de Santa Lucia.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

HISTÓRIA DA DIÁLISE – parte 4: de 1960 aos dias de hoje

Dr. Belding Scribner


Em 1960, em Seatle, nos Estados Unidos, o Dr. Belding Scribner, juntamente com Dillard e Quinton, criaram o shunt arteriovenoso externo, uma prótese com peças de silastic e teflon, que passou a permitir o acesso à circulação de forma mais prolongada.

Utilizando tal dispositivo, um maquinista de 39 anos viria a se tornar o primeiro paciente com uremia terminal a ser submetido à hemodiálise crônica.

Outro passo importante foi a introdução da fístula arteriovenosa (FAV), em 1962. Esse tipo de acesso vascular, que evita os problemas de trombose e infecção do shunt, além de ser mais durável e cômodo para o paciente, permitiu a difusão por todo o mundo da hemodiálise como tratamento a pacientes renais crônicos.

Nesta época, entretanto, ainda eram escassos os recursos financeiros e o número disponível de equipamentos não atendia perfeitamente à demanda, ficando o acesso a esta terapia restrito às pessoas julgadas mais relevantes para a sociedade.

Em 1972, a empresa multinacional norte-americana Baxter, iniciou suas atividades comerciais no Brasil, no setor de equipamentos de hemodiálise, favorecendo a difusão do tratamento no país.

Um acontecimento marcante para a universalização do acesso à hemodiálise, inicialmente nos EUA, mas que posteriormente teve grande repercussão também em vários outros países, foi a aprovação pelo Congresso Americano, em 1973, de uma lei que permitiu o livre acesso de todo cidadão americano ao tratamento dialítico.

Desde então, o número de centros de diálise e de pacientes em tratamento cresceu de forma vertiginosa em todo o mundo. Por exemplo, nos EUA, a incidência de
pacientes em terapia renal substitutiva quadruplicou ao longo das duas últimas décadas.No Brasil, atualmente existem mais de 600 centros de diálise, distribuídos em todas as unidades da federação, atendendo uma população estimada em cerca de 90 mil pacientes.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Entrevista com Dr. Elzo Ribeiro Jr. na Boa Vontade TV

No dia 14 de abril, Dr. Elzo Ribeiro Jr., diretor da Renal Class, participou do programa Viver é Melhor! na Boa Vontade TV. Na entrevista, ele explica sobre sobre a doença renal crônica e terapias substitutivas.

Confira aqui os vídeos da entrevista:

Parte 1:


Parte 2:

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Com a fita no pescoço

Folha de São Paulo - 8 de Julho de 2010

No último dia 8 de julho a Folha de São Paulo publicou um artigo chamado “Com a fita no pescoço” que comprova que o perímetro cervical (circunferência do pescoço) é bem mais preciso que o popular IMC (índice de massa corporal) para detectar obesidade e suas complicações.

As vantagens de obter a medida através do perímetro do pescoço, de acordo com a nova pesquisa, é que foi possível chegar a um resultado mais preciso de obesidade em crianças e adolescentes. O método é simples, não há necessidade de saber peso e altura e não há necessidade de despir o paciente para aferir as medidas.

Antes de ler o artigo, seguem algumas informações úteis que farão com que você compreenda melhor a importância da pesquisa.

O IMC é um método fácil e rápido para a avaliação do nível de gordura de cada pessoa, ou seja, indica se um adulto está acima do peso, se está obeso ou abaixo do peso ideal considerado saudável.

Para calcular o IMC você deve dividir seu peso (em quilogramas) pela sua altura (em metros) ao quadrado (em metros). O número obtido deve ser comparado aos valores da tabela de classificação do IMC para saber se você está abaixo, em seu peso ideal ou acima do peso.

Por exemplo, se você pesa 60Kg e mede 1,67m, você deve utilizar a seguinte fórmula para calcular o IMC:
IMC = 60 Kg / 1,67 X 1,67
IMC = 60 ÷ 2,78
IMC = 21,5

O resultado é comparado com uma tabela que indica o grau de obesidade do indivíduo:

IMC
Classificação
< 18,5 Magreza
18,5 – 24,9 Saudável
25,0 – 29,9 Sobrepeso
30,0 – 34,9 Obesidade Grau I
35,0 – 39,9 Obesidade Grau II (severa)
≥ 40,0 Obesidade Grau III (morbida)

O IMC é usado para adultos.

Entretanto devemos estar atentos com algumas limitações do método. Por exemplo, adultos musculosos podem ter um IMC alto e não serem obesos, porque o seu peso muscular é elevado. Por outro lado, idosos que tem pouca massa muscular e adolescentes (2 a 20 anos) deve-se comparar resultado obtido com os de outras crianças da mesma idade e gênero através de tabelas e gráficos com os valores adequados para cada faixa etária conforme a fasse de crescimento, pois além da idade, também há diferenças entre a composição corporal de meninos e meninas. Uma menina e um menino da mesma idade podem ter o mesmo IMC, mas a menina pode estar no peso normal enquanto o menino pode estar correndo risco de ficar acima do peso.

Calcule aqui o seu IMC


Calculadora IMC
Peso: kgs
Altura: m
cm
Art Press

quarta-feira, 14 de julho de 2010

HISTÓRIA DA DIÁLISE – parte 3: primeira sessão de hemodiálise no Brasil

O primeiro rim artificial do modelo Kolff-Brigham a desembarcar no Brasil foi utilizado no Hospital Pedro Ernesto, Rio de Janeiro, em 1955. No entanto, a primeira sessão de hemodiálise no Brasil foi realizada em maio de 1949 pelo Dr. Tito Ribeiro de Almeida (1913-1998), em São Paulo.

Após tomar conhecimento da técnica utilizada pelo Dr. Murray, no Canadá, que também desenvolvera um rim artificial. O Dr. Tito, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), desenvolveu um modelo semelhante, no qual o cilindro contendo os tubos de celofane era estacionário e colocado em posição vertical, enquanto a solução de troca era agitada (ao contrário do modelo de Kolff).

O desenvolvimento de técnicas para a confecção de acessos vasculares permanentes teve um papel determinante para que fosse iniciada uma nova era no tratamento dos pacientes com insuficiência renal crônica. Até então, somente os pacientes com chances de recuperação da função renal eram submetidos à diálise, através de sucessivas dissecções arteriais.

De 1949 a 1954, foram tratados cerca de cem pacientes. O rim artificial produzido no Brasil foi utilizado até 1954, quando um rim artificial modelo Kolff-Brigham foi importado pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, em 1957.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dicas sobre hidratação


Especialmente para o blog da Renal Class, a Dra. Carmen Tzanno conta quais são as principais dicas sobre hidratação que recomenda a seus pacientes:

- Uma alimentação saudável e o consumo de oito copos de água repõem o que um adulto saudável desidrata em um dia.
- Para hidratação, não há diferença entre água com gás e água sem gás.
- A qualidade da água deve ser observada e não só o seu consumo. A água pode ser o veículo de muitas doenças, como a diarréia e intoxicações. Para evitar infecções consuma água filtrada ou fervida, tanto para beber como para o preparo dos alimentos. Na dúvida prefira água engarrafada, de procedência conhecida.
- A ingestão de álcool contribui para a desidratação do organismo, pois o álcool inibe o hormônio antidiurético, causando o aumento do volume de urina. Por essa razão se recomenda a ingestão de água durante a ingestão de álcool.
- Um bom parâmetro para avaliar nosso estado de hidratação é a coloração da urina. Quanto mais clara, mais hidratados nós estamos.
- A sede, em pessoas saudáveis e em condições normais, é uma das formas de controle da ingestão de água no organismo. A sede nada mais é do que um alerta de que o corpo está levemente desidratado e precisa repor líquidos.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Férias na Europa e Diálise

No post do dia 15 de junho, apresentamos algumas opções de destinos de viagem pelas ilhas gregas. Porém, além da Grécia existem na Europa outros países que oferecem para pacientes renais a oportunidade de se divertir e continuar o tratamento. Que tal passar alguns dias na Escócia, Croácia ou Turquia?

Abaixo algumas dicas de destinos de férias na Europa para pacientes em diálise.

Edimburgo, Escócia

Envy & Holiday Dialysis
base: Antalya, Turquia
site: dialysisinturkey.com
Esta empresa oferece tratamento de diálise nas melhores clínicas da Turquia, reservas em hotéis luxuosos e transporte do hotel para a clínica. Durante a estadia, um grupo de especialistas acompanha o paciente diariamente. Além disso, a empresa ainda realiza passeios individuais ou em pequenos grupos pelos pontos turísticos das cidades.

Hotel Arcus Residence
base: Medulin, Croácia
site: www.dialysisholiday.org
Este luxuoso hotel, na cidade de Medulin, na Croácia, possui a infraestrutura necessária para receber pacientes renais. O local possui clínica própria equipada com 20 pontos de diálise. O hotel disponibiliza também médico nefrologista e enfermeiros que ficam à disposição dos pacientes durante a estadia.

Holiday Dialysis Escocês
base: Edimburgo, Escócia, Reino Unido
site: www.holidayhaemodialysisscotland.co.uk
Localizada na região central de Edimburgo, esta clínica oferece diálise para pacientes em trânsito. O ambiente é confortável e acolhedor e a equipe de atendimento é preparada com antecedência à chegada do paciente por meio de contato direto com a clínica onde o paciente se trata em seu país de origem.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Curso de especialização em Nutrição Clínica em Pacientes com Doença Renal em São Paulo


Em agosto, começa em São Paulo o “Curso intensivo Nutrição Clínica em Pacientes com Doença Renal”. O curso é oferecido pelo Instituto Racine com coordenação da Dra. Carmen Tzanno, diretora da Renal Class. O curso é o primeiro no Brasil com carga horária de 32 horas de prática, além de 88 horas de aulas teóricas.

O objetivo é transmitir conhecimentos específicos sobre as necessidades nutricionais de pacientes com doenças renais para profissionais que atuam nas áreas de saúde, administração hospitalar, gastronomia e nutrição.

Entre os temas abordados estão técnicas gastronômicas, os aspectos psicológicos do ato de se alimentar, distúrbios de alimentação e aulas de suplementos nutricionais.

Para ingressar no curso de “Nutrição Clínica em Pacientes com Doença Renal” é necessário participar de um processo seletivo, constituído por análise curricular e de carta de intenções e entrevista, se necessário.

Mais informações e inscrições pelo telefone (11) 3670-3499 ou pelo e-mail: cursos@racine.com.br

terça-feira, 15 de junho de 2010

Férias na Grécia e diálise

Rhodes Island, Grécia

É possível se divertir e descansar sem interromper o tratamento de diálise. Hoje em dia, quem sofre de doenças renais crônicas encontra diversas opções de destinos no exterior para aproveitar as férias.

Neste post apresentamos a Grécia. O país abriga diversas clínicas especializadas que oferecem tratamento em ambiente diferenciado, passeios, hospedagem em hotel de luxo e até o transporte entre o hotel e a clínica.

Conheça algumas opções de destinos na Grécia.

Nefrologiki Clínica SA
onde: Thessaloniki, Grécia
site: www.nefrologiki.gr
Esta clínica de diálise fica em Salónica, na Grécia e oferece a combinação férias e tratamento de diálise em um ambiente amistoso e luxuoso. O pacote cobre todas as taxas de transporte para a clínica.

Helionephro
onde: Rhodes Island, Grécia
site: www.helionephro.com
A clínica é interligada por uma passarela a um hotel cinco estrelas e está localizada em uma zona turística bem desenvolvida que oferece diversas opções de restaurantes, bares, lojas e praias. Uma boa opção que combina tratamento renal com férias na praia.

Mesogeios - centro de diálise de férias no Mediterrâneo
onde: Creta, Grécia
site: www.mesogeios.gr
Mesogeios é um centro de diálise de férias localizado na ilha de Creta, que oferece todos os cuidados médicos de um hospital, com o conforto de um hotel de luxo. A clínica de diálise é equipada com mais de 30 máquinas.


Specimed Centro de Diálise Holiday
onde: Loutraki, Grécia
site: www.specimed.gr
Esta clínica oferece a seus pacientes sessões de diálise, reservas em diversos hotéis da cidade, transporte do paciente e sua família do aeroporto até o hotel e passeios pela estância de Loutraki.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Renal Class recebe executivos e jornalistas do trade de seguros para café da manhã


Apresentação da clínica.
Para visualizar mais fotos clique aqui.

Ontem, dia 10 de junho, a Renal Class recebeu os principais executivos das seguradoras de saúde e jornalistas dá área de seguros para um café da manhã.

O objetivo do encontro foi apresentar o novo conceito em cuidado e tratamento nefrológico e de diálises que a Renal Class implantou no Higienópolis Medical Center.

Durante evento, os participantes tiveram a oportunidade de visitar as instalações da clínica e conhecer os diferenciais da Renal Class, como a arquitetura e iluminação projetadas especificamente para a clínica, poltronas Norueguesas Stressless e os equipamentos de entretenimento que estão à disposição dos pacientes, como TVs de Plasma e netbooks individuais.

A visita foi conduzida pelos diretores da clínica, Dra. Carmen Tzanno e Dr. Elzo Ribeiro Jr.

Confira as fotos do evento no Flickr da Renal Class.


Equipe Renal Class: Viviane, Daniele, Marcos, Wanderson, Jaqueline e Jader.
Para visualizar mais fotos clique aqui.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

HISTÓRIA DA DIÁLISE – parte 2: de 1924 a 1948


Willem Kolff

O cientista alemão, Georg Haas de Gieszen, envolvido no desenvolvimento de novas membranas e com experiências de diálise em cães, realizou em 1924 o que se considera a primeira sessão de hemodiálise em seres humanos. Vendo-se impotente diante de um paciente com uremia terminal, submeteu-o a uma sessão de diálise, que teve a duração de 15 minutos. Embora sem um resultado prático, a diálise transcorreu sem qualquer anormalidade e demonstrou, pela primeira vez, ser possível a purificação do sangue de um ser humano de forma artificial.

Nos anos seguintes, duas inovações viriam a contribuir significativamente para o futuro sucesso da hemodiálise: a descoberta da heparina (um tipo de medicamento anticoagulante) e o início da fabricação em escala industrial do celofane, utilizado na confecção das membranas.

O Dr. Willem Kolff tem também um importante papel na história da diálise. Kolff havia enfrentado uma grande frustração em 1930 quando, ainda um jovem médico iniciando seus trabalhos no Hospital de Groningen, Holanda, assistiu um paciente de 22 anos, urêmico, falecer, sem qualquer perspectiva de tratamento. Desde então passou a se dedicar firmemente à ideia de descobrir uma maneira de substituir a função renal e assim prolongar a vida desses pacientes.

Só mais tarde, Kolff pode desenvolver seu dialisador, um marco na história da hemodiálise. Este dialisador utilizava cilindros de celofane, em cujo interior circulava o sangue, enrolados de forma helicoidal em torno de um tambor rotatório, que ficava mergulhado até metade de sua altura em um tanque banhado pela solução de troca, de cerca de 100 litros, que era renovada sempre que saturava.

Em fevereiro de 1943, vendo-se diante de um paciente em franca uremia (alto nível de ureia no sangue), Kolff finalmente colocou em prática seu invento, embora sem ter visto um benefício claro naquela ocasião. Um mês após, voltaria a utilizar seu dialisador, desta vez em uma mulher de 29 anos com insuficiência renal crônica por nefrosclerose maligna. Após várias sessões e tendo esgotado todos os acessos vasculares, a paciente veio a falecer no 26.º dia de tratamento devido à falta de acesso vascular.

Posteriormente, o Dr. Kolff, juntamente com uma equipe de engenheiros do hospital Peter Bent Brigham, Boston, EUA, construíram uma nova versão desse rim artificial, que passou a ser conhecida como modelo Kolff-Brigham, utilizada pela primeira vez nos EUA em 1948.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

HISTÓRIA DA DIÁLISE – parte 1


Dividimos a história da diálise em quatro partes. Começaremos pelas primeiras tentativas de criar um rim artificial até a evolução do tratamento e a sua aprovação em lei e a realidade da diálise no Brasil.

 Thomas Graham
Thomas Graham


HISTÓRIA DA DIÁLISE

O termo diálise é atribuído ao químico escocês Thomas Graham (1805-1869) que o utilizou para descrever o fenômeno por ele observado em 1854 no qual, utilizando uma membrana semipermeável constituída de material vegetal, demonstrou a separação de substâncias colóides e cristalóides.

Mais de 50 anos se passaram, até que, em 1913, John J. Abel descreveu sua experiência com um método em que o sangue retirado de um cachorro era submetido a uma sessão de diálise extracorpórea e, no final do procedimento, retornava à sua circulação, sem qualquer prejuízo ao animal.

Utilizando um aparelho constituído por oito tubos de material similar ao empregado na fabricação de salsichas, no interior dos quais circulava o sangue anticoagulado com hirudina (extraída de sanguessugas), banhados por uma solução de troca dentro de um cilindro de vidro, os autores comprovaram a eficácia do método na remoção de solutos. Logo perceberam a necessidade de aparelhos com maior superfície de troca, que pudessem ser viáveis para tratar seres humanos. No entanto, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, suas pesquisas foram interrompidas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

DIA MUNDIAL DO RIM CHAMA ATENÇÃO PARA O RISCO DE DOENÇA RENAL EM DIABÉTICOS

Hoje, 11 de Março, é a 5ª edição do Dia Mundial do Rim

Dia 11 de Março é o Dia Mundial do Rim. O Brasil tem hoje cerca de 2 milhões de pessoas que sofrem de doença renal crônica (DRC) e este número vem crescendo geometricamente nos últimos anos.

Portadores de diabetes são o segundo grupo de risco no Brasil a desenvolver DRC (o primeiro são os hipertensos). A diabetes também é um importante fator de risco da doença renal no mundo. Por isso, neste ano, o tema do Dia Mundial do Rim é: “2010 Proteja seus rins. Controle seu diabetes”.

O Dia Mundial do Rim foi idealizado em 2006 e é realizado todas as segundas quintas-feiras do mês de março com o objetivo de conscientizar a população mundial sobre a saúde dos rins. A cada ano aumenta o número de países que se envolvem em campanhas de conscientização sobre os riscos da doença renal; neste dia, 11 de março, serão mais de 100 nações envolvidas.

“A doença renal crônica é um problema de saúde pública nacional - tem taxa de mortalidade superior ao câncer de mama e colo de útero. É muito importante que a população brasileira esteja atenta para os fatores de risco que podem comprometer a saúde dos rins”, diz Dra. Carmen Tzanno, Diretora do Departamento de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Nefrologia.

Doença Renal – Grupos de Risco

Dentre os indivíduos de maior risco de desenvolverem uma doença renal estão os hipertensos (36%), os diabéticos (25%), os idosos, os obesos, ter familiares próximos com doença renal crônica e ser portador de doença cardiovascular.

O número de diabéticos dobrou nos últimos quatro anos no Brasil e hoje existem cerca de 10 milhões de diabéticos no país, 16% destas pessoas tem doença renal crônica.

Dados da Unifesp e Fiocruz da Bahia, de 2008, apontam que 70% dos diabéticos não fazem controle da doença. Além disso, 35% da população adulta brasileira é hipertensa e apenas 6,5% desse contingente tem a pressão arterial controlada.

Detecção precoce e Prevenção

A doença renal quando detectada precocemente pode ser curada ou ser controlada de forma muito mais eficaz. Por ser uma doença silenciosa é necessário que a população se habitue a fazer anualmente o exame de dosagem de creatinina, que pode determinar se há déficit de funcionamento nos rins.

Para prevenir a DRC, os fatores de risco como obesidade, diabetes e hipertensão devem ser controlados. Alimentação balanceada e atividades físicas também ajudam a prevenir as doenças renais.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Diminuição da função dos rins aumenta risco para o coração


Dia 20 de janeiro de 2010 o jornal Folha de S. Paulo publicou matéria sobre dois estudos que apontaram que a diminuição do funcionamento dos rins pode ocasionar problemas cardíacos. O Dr. Elzo Ribeiro Jr. e a Dra. Carmen Tzanno, diretores da clínica de hemodiálise Renal Class, comentam esses dois estudos.

Comentário do Dr. Elzo Ribeiro Jr.

O artigo publicado pela Folha de S. Paulo “Diminuição da função dos rins aumenta risco para o coração” tem como fundamento um trabalho publicado na Science em 09 de janeiro de 2009.

O estudo foi feito por meio das informações clinicas de pacientes matriculados na Cardiovascular Health Study, especificamente com uma comunidade de pessoas idosas cujos dados sugerem uma rápida redução da função renal em pacientes com, ou sem, doença renal.

O grupo contou com 4.378 pacientes sendo que destes, 1.083 apresentaram declínio da função renal, demonstrando 32% de risco de insuficiência cardíaca, 48% de chance de ataque cardíaco e 67% de aumento de doenças arteriais periféricas.

A conclusão do estudo foi de que uma rápida redução da função renal em pacientes com ou sem doença renal está associada à complicações cardíacas.

Dessa forma, sabemos que os tratamentos que retardam a queda da função renal e/ou estabilizam as funções renais dentro de limites normais, antes que a doença renal se estabeleça, proporcionam benefícios consideráveis para a saúde cardiovascular.

Infelizmente, ainda não se sabe ao certo porque a doença renal eleva de forma substancialmente o risco de doenças do coração.

Comentário da Dra. Carmen Tzanno.

Estes estudos foram abrangentes e representam um alerta. Cabem aos médicos estabelecer medidas de prevenção cardio-renal através de dosagens frequentes de creatinina (marcador de função renal), glicemia, alterações lipídicas, presença de proteína na urina e medida da pressão arterial em qualquer faixa etária, com mais rigor a partir dos 40 anos e, principalmente, naqueles com histórico familiar.

Conforme os dados do National Institutes of Health e National Kidney Foundation americanos, a hipertensão e diabetes são causas de insuficiência renal, mas também causam lesão cardiovascular . Dessa forma, quando observamos a lesão renal do diabetes ou da hipertensão, observamos também uma lesão cardio-vascular.

Os mecanismos pelos quais a lesão renal contribui para a lesão cardiovascular ainda não estão esclarecidos, entretanto, a aceleração da aterosclerose, a perda de proteína na urina (microalbuminúria), a anemia e as alterações inflamatórias, parecem ter papel relevante.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Doença renal na infância



O Caderno Folha Equilíbrio do Jornal Folha de S. Paulo de 4 de fevereiro de 2010 publicou uma nota sobre doenças renais em crianças. A nota traz dados de uma pesquisa do Johns Hopkins Children's Center que aponta que não só as doenças crônicas graves nos rins, mas também as moderadas e leves, podem afetar a qualidade de vida das crianças.

A Dra. Carmen Tzanno, diretora da Renal Class, comentou esta nota.

A criança com doença renal crônica pode apresentar redução do crescimento, anemia, cabelos mais finos e quebradiços, pele mais seca, desânimo, falta de apetite, limitações para brincadeiras e, as vezes, alterações corporais.

A rotina inclui exames de sangue, de urina, visitas constantes às clinicas e hospitais para consultas médicas e tratamentos.

Algumas brincadeiras são cansativas demais, a auto-estima diminui, ela tem a percepção de que é diferente e reage de formas diversas à nova realidade, algumas amadurecem com uma velocidade maior e parecem pequenos adultos a procura de respostas.

A Doença renal crônica não interfere sobre a inteligência, nem sobre suas habilidades e dons naturais.

Existem diversos tratamentos. Entre eles está a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal. No caso da diálise peritoneal (CAPD), o tratamento é realizado em domicilio e permite que a criança tenha mais autonomia para viagens. A hemodiálise deve ser realizada em uma clinica especializada, o ideal é que o a ambiente seja agradável, com estrutura multiprofissional (psicologa, ludoterapeuta, arteterapeuta, nutricionista, nefropediatra, enfermeiro etc), e o transplante renal, entre as possibilidades de tratamento, é o que permite melhor qualidade de vida, pois dá maior independência.

Existem clinicas com contadores de histórias, com programas de alfabetização, palhaços, terapias corporais e dieta infantis, pequenos detalhes que fazem toda a diferença para estes pequenos pacientes.

Para nós profissionais, é muito prazeroso olhar para o rosto de uma criança e vê-la sorrir ou beber o suco de frutas com prazer. Melhor ainda quando podemos acompanhar seu desenvolvimento pleno na conquista da vida, o diploma escolar, o emprego suado, o casamento, o primeiro filho...e pensar que há cinquenta anos isto seria impossível!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Livros da Renal Class

O Livro “A Cozinha e Terapia Renal – Sabores para Mil e Uma Noites” é o quarto livro de uma série escrita pelos Doutores Elzo Ribeiro Jr. e Carmen Tzanno, da Renal Class, sobre nutrição e nefrologia. Acompanhe nos próximos posts a repercussão do livro na imprensa brasileira.

Folha de S. Paulo – 10/12/2009


Diário de S. Paulo – 5/12/2009


Jornal de Santa Catarina – 11/01/2010


Para ler na integra acesse o link:
http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,1161,2773600,13890

Revista Gosto – Jan/2010


Diário de S. Paulo – 03/01/2010




Agência de Notícias Brasil - Árabe – 12/12/2009



Para ler na integra acesse o link:
http://www.anba.com.br/noticia_servicos.kmf?cod=9290415

Agência Brasileira de Notícias – 14/12/2009



Para ler na integra acesse o link:

Revista Absoluta – 14/12/2009



Para ler na integra acesse o link:

Portal Bonde – 16/12/2009





Para ler na integra acesse o link:
http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-33--42-20091216