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quarta-feira, 26 de maio de 2010

HISTÓRIA DA DIÁLISE – parte 2: de 1924 a 1948


Willem Kolff

O cientista alemão, Georg Haas de Gieszen, envolvido no desenvolvimento de novas membranas e com experiências de diálise em cães, realizou em 1924 o que se considera a primeira sessão de hemodiálise em seres humanos. Vendo-se impotente diante de um paciente com uremia terminal, submeteu-o a uma sessão de diálise, que teve a duração de 15 minutos. Embora sem um resultado prático, a diálise transcorreu sem qualquer anormalidade e demonstrou, pela primeira vez, ser possível a purificação do sangue de um ser humano de forma artificial.

Nos anos seguintes, duas inovações viriam a contribuir significativamente para o futuro sucesso da hemodiálise: a descoberta da heparina (um tipo de medicamento anticoagulante) e o início da fabricação em escala industrial do celofane, utilizado na confecção das membranas.

O Dr. Willem Kolff tem também um importante papel na história da diálise. Kolff havia enfrentado uma grande frustração em 1930 quando, ainda um jovem médico iniciando seus trabalhos no Hospital de Groningen, Holanda, assistiu um paciente de 22 anos, urêmico, falecer, sem qualquer perspectiva de tratamento. Desde então passou a se dedicar firmemente à ideia de descobrir uma maneira de substituir a função renal e assim prolongar a vida desses pacientes.

Só mais tarde, Kolff pode desenvolver seu dialisador, um marco na história da hemodiálise. Este dialisador utilizava cilindros de celofane, em cujo interior circulava o sangue, enrolados de forma helicoidal em torno de um tambor rotatório, que ficava mergulhado até metade de sua altura em um tanque banhado pela solução de troca, de cerca de 100 litros, que era renovada sempre que saturava.

Em fevereiro de 1943, vendo-se diante de um paciente em franca uremia (alto nível de ureia no sangue), Kolff finalmente colocou em prática seu invento, embora sem ter visto um benefício claro naquela ocasião. Um mês após, voltaria a utilizar seu dialisador, desta vez em uma mulher de 29 anos com insuficiência renal crônica por nefrosclerose maligna. Após várias sessões e tendo esgotado todos os acessos vasculares, a paciente veio a falecer no 26.º dia de tratamento devido à falta de acesso vascular.

Posteriormente, o Dr. Kolff, juntamente com uma equipe de engenheiros do hospital Peter Bent Brigham, Boston, EUA, construíram uma nova versão desse rim artificial, que passou a ser conhecida como modelo Kolff-Brigham, utilizada pela primeira vez nos EUA em 1948.

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