A Clínica de Hemodiálise Renal Class é dirigida pelos doutores Carmen Tzanno e Elzo Ribeiro Jr., nefrologistas com grande experiência em clínicas de hemodiálise e nas áreas de nefrogeriatria e nefropediatria. A Renal Class é um novo conceito em atendimento, que une a localização estratégica de um bairro nobre da capital, com todos os serviços de um prédio especialmente construído para consultórios médicos.

Renal Class - R. Mato Grosso, 306 - 3º andar, salas 301 a 310 - Higienópolis - São Paulo - SP - (11) 3123.3900

quarta-feira, 26 de maio de 2010

HISTÓRIA DA DIÁLISE – parte 2: de 1924 a 1948


Willem Kolff

O cientista alemão, Georg Haas de Gieszen, envolvido no desenvolvimento de novas membranas e com experiências de diálise em cães, realizou em 1924 o que se considera a primeira sessão de hemodiálise em seres humanos. Vendo-se impotente diante de um paciente com uremia terminal, submeteu-o a uma sessão de diálise, que teve a duração de 15 minutos. Embora sem um resultado prático, a diálise transcorreu sem qualquer anormalidade e demonstrou, pela primeira vez, ser possível a purificação do sangue de um ser humano de forma artificial.

Nos anos seguintes, duas inovações viriam a contribuir significativamente para o futuro sucesso da hemodiálise: a descoberta da heparina (um tipo de medicamento anticoagulante) e o início da fabricação em escala industrial do celofane, utilizado na confecção das membranas.

O Dr. Willem Kolff tem também um importante papel na história da diálise. Kolff havia enfrentado uma grande frustração em 1930 quando, ainda um jovem médico iniciando seus trabalhos no Hospital de Groningen, Holanda, assistiu um paciente de 22 anos, urêmico, falecer, sem qualquer perspectiva de tratamento. Desde então passou a se dedicar firmemente à ideia de descobrir uma maneira de substituir a função renal e assim prolongar a vida desses pacientes.

Só mais tarde, Kolff pode desenvolver seu dialisador, um marco na história da hemodiálise. Este dialisador utilizava cilindros de celofane, em cujo interior circulava o sangue, enrolados de forma helicoidal em torno de um tambor rotatório, que ficava mergulhado até metade de sua altura em um tanque banhado pela solução de troca, de cerca de 100 litros, que era renovada sempre que saturava.

Em fevereiro de 1943, vendo-se diante de um paciente em franca uremia (alto nível de ureia no sangue), Kolff finalmente colocou em prática seu invento, embora sem ter visto um benefício claro naquela ocasião. Um mês após, voltaria a utilizar seu dialisador, desta vez em uma mulher de 29 anos com insuficiência renal crônica por nefrosclerose maligna. Após várias sessões e tendo esgotado todos os acessos vasculares, a paciente veio a falecer no 26.º dia de tratamento devido à falta de acesso vascular.

Posteriormente, o Dr. Kolff, juntamente com uma equipe de engenheiros do hospital Peter Bent Brigham, Boston, EUA, construíram uma nova versão desse rim artificial, que passou a ser conhecida como modelo Kolff-Brigham, utilizada pela primeira vez nos EUA em 1948.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

HISTÓRIA DA DIÁLISE – parte 1


Dividimos a história da diálise em quatro partes. Começaremos pelas primeiras tentativas de criar um rim artificial até a evolução do tratamento e a sua aprovação em lei e a realidade da diálise no Brasil.

 Thomas Graham
Thomas Graham


HISTÓRIA DA DIÁLISE

O termo diálise é atribuído ao químico escocês Thomas Graham (1805-1869) que o utilizou para descrever o fenômeno por ele observado em 1854 no qual, utilizando uma membrana semipermeável constituída de material vegetal, demonstrou a separação de substâncias colóides e cristalóides.

Mais de 50 anos se passaram, até que, em 1913, John J. Abel descreveu sua experiência com um método em que o sangue retirado de um cachorro era submetido a uma sessão de diálise extracorpórea e, no final do procedimento, retornava à sua circulação, sem qualquer prejuízo ao animal.

Utilizando um aparelho constituído por oito tubos de material similar ao empregado na fabricação de salsichas, no interior dos quais circulava o sangue anticoagulado com hirudina (extraída de sanguessugas), banhados por uma solução de troca dentro de um cilindro de vidro, os autores comprovaram a eficácia do método na remoção de solutos. Logo perceberam a necessidade de aparelhos com maior superfície de troca, que pudessem ser viáveis para tratar seres humanos. No entanto, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, suas pesquisas foram interrompidas.