Dia 20 de janeiro de 2010 o jornal Folha de S. Paulo publicou matéria sobre dois estudos que apontaram que a diminuição do funcionamento dos rins pode ocasionar problemas cardíacos. O Dr. Elzo Ribeiro Jr. e a Dra. Carmen Tzanno, diretores da clínica de hemodiálise Renal Class, comentam esses dois estudos.
Comentário do Dr. Elzo Ribeiro Jr.
O artigo publicado pela Folha de S. Paulo “Diminuição da função dos rins aumenta risco para o coração” tem como fundamento um trabalho publicado na Science em 09 de janeiro de 2009.
O estudo foi feito por meio das informações clinicas de pacientes matriculados na Cardiovascular Health Study, especificamente com uma comunidade de pessoas idosas cujos dados sugerem uma rápida redução da função renal em pacientes com, ou sem, doença renal.
O grupo contou com 4.378 pacientes sendo que destes, 1.083 apresentaram declínio da função renal, demonstrando 32% de risco de insuficiência cardíaca, 48% de chance de ataque cardíaco e 67% de aumento de doenças arteriais periféricas.
A conclusão do estudo foi de que uma rápida redução da função renal em pacientes com ou sem doença renal está associada à complicações cardíacas.
Dessa forma, sabemos que os tratamentos que retardam a queda da função renal e/ou estabilizam as funções renais dentro de limites normais, antes que a doença renal se estabeleça, proporcionam benefícios consideráveis para a saúde cardiovascular.
O estudo foi feito por meio das informações clinicas de pacientes matriculados na Cardiovascular Health Study, especificamente com uma comunidade de pessoas idosas cujos dados sugerem uma rápida redução da função renal em pacientes com, ou sem, doença renal.
O grupo contou com 4.378 pacientes sendo que destes, 1.083 apresentaram declínio da função renal, demonstrando 32% de risco de insuficiência cardíaca, 48% de chance de ataque cardíaco e 67% de aumento de doenças arteriais periféricas.
A conclusão do estudo foi de que uma rápida redução da função renal em pacientes com ou sem doença renal está associada à complicações cardíacas.
Dessa forma, sabemos que os tratamentos que retardam a queda da função renal e/ou estabilizam as funções renais dentro de limites normais, antes que a doença renal se estabeleça, proporcionam benefícios consideráveis para a saúde cardiovascular.
Infelizmente, ainda não se sabe ao certo porque a doença renal eleva de forma substancialmente o risco de doenças do coração.
Comentário da Dra. Carmen Tzanno.
Estes estudos foram abrangentes e representam um alerta. Cabem aos médicos estabelecer medidas de prevenção cardio-renal através de dosagens frequentes de creatinina (marcador de função renal), glicemia, alterações lipídicas, presença de proteína na urina e medida da pressão arterial em qualquer faixa etária, com mais rigor a partir dos 40 anos e, principalmente, naqueles com histórico familiar.
Conforme os dados do National Institutes of Health e National Kidney Foundation americanos, a hipertensão e diabetes são causas de insuficiência renal, mas também causam lesão cardiovascular . Dessa forma, quando observamos a lesão renal do diabetes ou da hipertensão, observamos também uma lesão cardio-vascular.
Os mecanismos pelos quais a lesão renal contribui para a lesão cardiovascular ainda não estão esclarecidos, entretanto, a aceleração da aterosclerose, a perda de proteína na urina (microalbuminúria), a anemia e as alterações inflamatórias, parecem ter papel relevante.
Conforme os dados do National Institutes of Health e National Kidney Foundation americanos, a hipertensão e diabetes são causas de insuficiência renal, mas também causam lesão cardiovascular . Dessa forma, quando observamos a lesão renal do diabetes ou da hipertensão, observamos também uma lesão cardio-vascular.
Os mecanismos pelos quais a lesão renal contribui para a lesão cardiovascular ainda não estão esclarecidos, entretanto, a aceleração da aterosclerose, a perda de proteína na urina (microalbuminúria), a anemia e as alterações inflamatórias, parecem ter papel relevante.