A Clínica de Hemodiálise Renal Class é dirigida pelos doutores Carmen Tzanno e Elzo Ribeiro Jr., nefrologistas com grande experiência em clínicas de hemodiálise e nas áreas de nefrogeriatria e nefropediatria. A Renal Class é um novo conceito em atendimento, que une a localização estratégica de um bairro nobre da capital, com todos os serviços de um prédio especialmente construído para consultórios médicos.

Renal Class - R. Mato Grosso, 306 - 3º andar, salas 301 a 310 - Higienópolis - São Paulo - SP - (11) 3123.3900

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Diminuição da função dos rins aumenta risco para o coração


Dia 20 de janeiro de 2010 o jornal Folha de S. Paulo publicou matéria sobre dois estudos que apontaram que a diminuição do funcionamento dos rins pode ocasionar problemas cardíacos. O Dr. Elzo Ribeiro Jr. e a Dra. Carmen Tzanno, diretores da clínica de hemodiálise Renal Class, comentam esses dois estudos.

Comentário do Dr. Elzo Ribeiro Jr.

O artigo publicado pela Folha de S. Paulo “Diminuição da função dos rins aumenta risco para o coração” tem como fundamento um trabalho publicado na Science em 09 de janeiro de 2009.

O estudo foi feito por meio das informações clinicas de pacientes matriculados na Cardiovascular Health Study, especificamente com uma comunidade de pessoas idosas cujos dados sugerem uma rápida redução da função renal em pacientes com, ou sem, doença renal.

O grupo contou com 4.378 pacientes sendo que destes, 1.083 apresentaram declínio da função renal, demonstrando 32% de risco de insuficiência cardíaca, 48% de chance de ataque cardíaco e 67% de aumento de doenças arteriais periféricas.

A conclusão do estudo foi de que uma rápida redução da função renal em pacientes com ou sem doença renal está associada à complicações cardíacas.

Dessa forma, sabemos que os tratamentos que retardam a queda da função renal e/ou estabilizam as funções renais dentro de limites normais, antes que a doença renal se estabeleça, proporcionam benefícios consideráveis para a saúde cardiovascular.

Infelizmente, ainda não se sabe ao certo porque a doença renal eleva de forma substancialmente o risco de doenças do coração.

Comentário da Dra. Carmen Tzanno.

Estes estudos foram abrangentes e representam um alerta. Cabem aos médicos estabelecer medidas de prevenção cardio-renal através de dosagens frequentes de creatinina (marcador de função renal), glicemia, alterações lipídicas, presença de proteína na urina e medida da pressão arterial em qualquer faixa etária, com mais rigor a partir dos 40 anos e, principalmente, naqueles com histórico familiar.

Conforme os dados do National Institutes of Health e National Kidney Foundation americanos, a hipertensão e diabetes são causas de insuficiência renal, mas também causam lesão cardiovascular . Dessa forma, quando observamos a lesão renal do diabetes ou da hipertensão, observamos também uma lesão cardio-vascular.

Os mecanismos pelos quais a lesão renal contribui para a lesão cardiovascular ainda não estão esclarecidos, entretanto, a aceleração da aterosclerose, a perda de proteína na urina (microalbuminúria), a anemia e as alterações inflamatórias, parecem ter papel relevante.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Doença renal na infância



O Caderno Folha Equilíbrio do Jornal Folha de S. Paulo de 4 de fevereiro de 2010 publicou uma nota sobre doenças renais em crianças. A nota traz dados de uma pesquisa do Johns Hopkins Children's Center que aponta que não só as doenças crônicas graves nos rins, mas também as moderadas e leves, podem afetar a qualidade de vida das crianças.

A Dra. Carmen Tzanno, diretora da Renal Class, comentou esta nota.

A criança com doença renal crônica pode apresentar redução do crescimento, anemia, cabelos mais finos e quebradiços, pele mais seca, desânimo, falta de apetite, limitações para brincadeiras e, as vezes, alterações corporais.

A rotina inclui exames de sangue, de urina, visitas constantes às clinicas e hospitais para consultas médicas e tratamentos.

Algumas brincadeiras são cansativas demais, a auto-estima diminui, ela tem a percepção de que é diferente e reage de formas diversas à nova realidade, algumas amadurecem com uma velocidade maior e parecem pequenos adultos a procura de respostas.

A Doença renal crônica não interfere sobre a inteligência, nem sobre suas habilidades e dons naturais.

Existem diversos tratamentos. Entre eles está a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal. No caso da diálise peritoneal (CAPD), o tratamento é realizado em domicilio e permite que a criança tenha mais autonomia para viagens. A hemodiálise deve ser realizada em uma clinica especializada, o ideal é que o a ambiente seja agradável, com estrutura multiprofissional (psicologa, ludoterapeuta, arteterapeuta, nutricionista, nefropediatra, enfermeiro etc), e o transplante renal, entre as possibilidades de tratamento, é o que permite melhor qualidade de vida, pois dá maior independência.

Existem clinicas com contadores de histórias, com programas de alfabetização, palhaços, terapias corporais e dieta infantis, pequenos detalhes que fazem toda a diferença para estes pequenos pacientes.

Para nós profissionais, é muito prazeroso olhar para o rosto de uma criança e vê-la sorrir ou beber o suco de frutas com prazer. Melhor ainda quando podemos acompanhar seu desenvolvimento pleno na conquista da vida, o diploma escolar, o emprego suado, o casamento, o primeiro filho...e pensar que há cinquenta anos isto seria impossível!